Análise de risco: pode ser melhor?

Existem dois problemas que são considerados importantes na realização de uma análise de risco: 1) As incertezas; 2) O tempo da realização de uma análise de risco.

As incertezas

Como análise de risco realizada por meio de Check list, What if, What if/check list,  FMEA, FMECA, APP ou HAZOP depende de julgamentos subjetivos, as incertezas variam de acordo com a competência do grupo de análise. Por isso, é fundamental ter um grupo de análise cujos membros possuam conhecimentos diversos e alta experiência em cada área de sua atuação, a incluir o líder da análise de risco.

Evidente que, mesmo realizando análise de risco de alta qualidade, não haverá nenhuma garantia que acidentes nunca ocorrerão. Contudo, será uma base robusta para melhor entendimento dos riscos do processo industrial e que servirá como input para os gerentes tomarem decisão como fará a redução de risco da sua unidade industrial, fortalecendo, dessa forma, o seu programa de gerenciamento de segurança de processo.

Para reduzir ao mínimo a possibilidade de acidentes, gerentes devem, em adição à análise de risco, desenvolver e manter uma forte cultura em segurança de processo e garantir que os conhecimentos tecnológicos sejam aplicados e mantidos nas suas unidades industriais, tais como: normas técnicas nacionais e internacionais, regulamentos legais e outras formas reconhecidas e geralmente aceitas como boas práticas de engenharia e ações de segurança de processo.

O tempo da realização de uma análise de risco

Quanto mais detalhada melhor será a análise de risco, contudo isso consumirá muita H/H de pessoas importantes que tocam o dia a dia da operação industrial. Para solucionar esse problema, o grupo de análise pode documentar a análise de risco utilizando, por exemplo, a forma perigo por perigo (APP) ou desvio por desvio (HAZOP).

Essa forma de conduzir a análise permite que todas as causas, efeitos, salvaguardas sejam anotadas para cada perigo ou desvio. Dessa maneira a realização da análise manterá a qualidade e será mais rápida, porém, mais uma vez, é preciso que tenha um grupo de análise com alta experiência para não aumentar as incertezas devido a julgamentos falhos e assim empobrecer a análise de risco.

Exemplos:

  • Dique de contenção é uma excelente salvaguarda para perda de contenção de produto inflamável, pois evitará que o produto se espalhe por áreas e canaletas possibilitando atingir local que não seja eletricamente classificado, portanto aumentando a probabilidade de ignição. No entanto, se o produto inflamável for volátil e houver a possibilidade de incêndio em nuvem, o dique não será uma salvaguarda para esse cenário.
  • O mesmo se aplica para desvio de alta temperatura numa coluna de destilação. A alta temperatura pode ser causada por excesso de vapor num refervedor ou por fogo externo. Sistema de sprinkler será salvaguarda eficaz para bloquear o evento iniciador fogo externo, porém não o será para excesso de vapor no refervedor.

O mesmo cuidado deve ser tomado ao classificar o risco, porque estarão num mesmo pacote vários cenários (causa-efeito).

Daí conclui-se que para reduzir as incertezas e o tempo de análise de risco, é essencial ter um grupo de análise com alta competência (conhecimento e experiência) para utilizar as variantes de documentação de análise de risco de maneira eficiente e eficaz.

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