Para quem trabalha em laboratórios: Intoxicação com dióxido de carbono

A lição aprendida que a EPSC relata no mês de setembro é sobre asfixia com dióxido de carbono (CO2). Existia dióxido de carbono sólido (gelo seco) em um ambiente refrigerado dentro de um laboratório. Quando uma pessoa entrou, se sentiu mal devido ao excesso de CO2 no ambiente. Excesso de CO2 no ambiente reduz o percentual de oxigênio e pode causar danos pessoais, podendo levar até à morte caso uma pessoa fique inabilitada no ambiente por muito tempo. É comum ter em laboratórios gelo seco para resfriamento de amostra e esse risco pode não ser percebido. Aliado a isso, é importante salientar que ar condicionado tipo split não renova o ar do ambiente o que torna a possibilidade de ocorrência desse cenário ainda maior, já que em muitos ambientes usam esse tipo de aparelho. Continue lendo… Quem trabalha em laboratório deve ficar atento quanto a esse risco praticamente invisível! Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Linhas & equipamentos obstruídos – Mais do que um incômodo

O alerta de segurança do CCPS do mês de setembro é sobre linhas e equipamentos obstruídos. Em algumas situações ocorre a obstrução porque o produto possui um alto ponto de fusão, material sólido pode ser arrastado, produtos que polimerizam e que podem obstruir tanto o espaço que contém líquido como o espaço vapor. Alguns dispositivos de segurança podem ficar inoperantes em função das obstruções, tais como: Válvulas de alívio; Dreno que têm a função para verifica se a energia é zero; Transmissores de pressão, nível e fluxo. Em função das obstruções causadas, pode ocorrer a elevação excessiva de pressão de um vaso/equipamento, a válvula de alívio ficar desabilitada e ocorrer um rompimento do vaso/equipamento, tendo como consequência a liberação de produto perigoso com possibilidade de ocorrer sérios danos às pessoas, ao meio ambiente e à propriedade. O acidente relatado no alerta do CCPS causou a morte de três pessoas.  Foi aberta uma boca de visita com o equipamento pressurizado, porém as pessoas envolvidas não tinham conhecimento da pressurização visto que os drenos e o indicador de pressão estavam obstruídos. Para abertura de linhas e equipamentos com produtos perigos é preciso ter análise de risco detalhada do serviço e ter todas as possíveis fontes de energia bloqueadas e com verificação se a energia está realmente zero. Caso tenha dificuldade em saber se a energia ficou zero, é preciso encontrar alternativas seguras para liberação do trabalho. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Apreciação de risco de máquinas

Apreciação de risco de máquinas consiste em efetuar a análise e avaliar os riscos. Por outro lado, a análise de risco leva à identificação dos perigos e a estimativa de risco da máquina nas suas fases do ciclo de vida (operação normal, manutenção, ajustes, parada de emergência, etc.). A NBR ISO 12100 é a norma que orienta sobre a apreciação de risco enquanto que a ISO/TR 14121-2 é um guia perfeito para aplicação da NBR ISO 12100, principalmente na classificação do risco. A NR-12, que foi revisada e publicada pela portaria No 916 de 30 de julho de 2019, foca bastante na apreciação de risco para que as salvaguardas sejam implantadas de modo a reduzir os riscos encontrados durante a execução da apreciação de risco. Portanto, para estar em conformidade com a NR-12 é preciso fazer a apreciação do risco. Ao definir uma salvaguarda para uma máquina, pode ocorrer a necessidade de implantar sistemas de segurança que devem ser robustos o suficiente para reduzir os riscos. Quanto maior o risco, mais deve ser confiável o sistema de segurança que terá no mínimo a Categoria B e aumentar a robustez, se necessário, da Categoria 1 a 4 (NBR 14153). Importante salientar que as categorias citadas pela NBR 14153 se baseiam na EN 954-1 que foi sucedida pela EN/ISO 13849-1. Em outras opções para implementar os sistemas de segurança eletrônico e programável há de se falar em nível de integridade de segurança (SIL), que pode variar de SIL 1 A SIL 3 regida pela IEC-62061 (aplicada para máquinas), norma que foi originada da IEC 61508. Quanto maior o SIL, mais seguro é o sistema de proteção. Também pode ser utilizada a EN/ISO 13849-1 que ao invés de SIL esta norma se refere a PL – nível de performance (performance level – PL a, b, c, d, e). Os sistemas de segurança eletrônicos e programável em conformidade com a IEC-62061 ou EN/ISO 13849-1 são mais confiáveis porque as suas falhas são mais previsíveis em função das variáveis analisadas tais como: fração de falhas segura (SFF), razão de falhas (λ), tolerância de falha do hardware (HFT), causas comuns de falha (β) e cobertura de diagnóstico (DC). Para cenários que podem causar acidentes com alta severidade é importante buscar sistemas de segurança com mais alta fração de falha segura, maior tolerância de falha do hardware, menor razão de falha, maior cobertura de diagnóstico e uma menor possibilidade de causas comuns de falha porque resultarão em um maior SIL, portanto mais segura estará a máquina e menor será a possibilidade de ter um acidente sério. Esses sistemas de segurança sempre operam em modo contínuo, portanto o SIL é determinado pela probabilidade de falhas perigosas por hora (PFHd) e não por probabilidade de falha em demanda (PFD). Por exemplo, um sistema de segurança eletrônico programável SIL 1 terá seu PFH ≥10-6 a ˂10-5. Ter uma apreciação de risco completa de sua máquina e garantir que está em conformidade com a NR-12 proporciona uma excelente gestão de risco e leva a duas grandes vantagens: evita acidente com lesões incapacitantes ou até mesmo fatal e elimina a possibilidade de multas. Veja o pequeno filme logo abaixo. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Um simples vazamento num flange causou um grande incêndio.

Este é um evento publicado pela EPSC em 2017. Em uma refinaria de dessulfurização, houve um vazamento de hidrogênio quente e imediatamente pegou fogo, formando um jato de fogo. A chama atingiu diretamente o reator, e como fogo em hidrogênio é invisível durante o dia, possivelmente houve um longo período de exposição e fragilizou partes do reator que começou a vazar produto, entrando em chamas e, em consequência, se espalhou pela planta. O vazamento ocorreu num flange. A tensão em parafusos pode variar bastante quando o sistema opera em ciclos de temperatura, além disso, flanges são as partes mais frágeis de uma tubulação. Por isso, pensando num processo inerentemente mais seguro, é melhor reduzir a quantidade de flanges num determinado sistema, principalmente se lida com produto perigoso. Dessa forma, pode reduzir a possibilidade de vazamentos. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

O perigo pode está ao seu lado: monóxido de carbono

  Monóxido de carbono é um gás altamente perigoso porque ele se associa à hemoglobina, formando a carboxihemoglobina (HbCO) e reduz a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue. Recentemente, muitos acidentes domésticos fatais foram noticiados, frutos da exposição a altas concentrações  de monóxido de carbono, o qual é resultado de uma queima incompleta de um hidrocarboneto (por exemplo: gás natural, GLP, gasolina, etc.). Pode ser originado de aquecedor de água, fogão, automóvel, etc. O grande problema é que ele mata silenciosamente porque não tem cheiro e não é possível detectar, sem auxílio de instrumentos apropriados, a sua presença no ar. Quando se sente um mal-estar é porque a pessoa já está praticamente desabilitada e dificilmente terá tempo para sair da zona de perigo. Veja o vídeo abaixo (em inglês e em espanhol), publicado pela OSHA, como dois trabalhadores perderam a vida devido à exposição ao monóxido de carbono. Por isso, é importante ficar atento no dia a dia para liberação de serviços que perecem ser de baixo risco de acidente.

Perigos escondidos!

O alerta de segurança do CCPS do mês de agosto menciona os perigos escondidos por falha em sinalizações. Um acidente pode ocorrer por não se saber o produto que está em um sistema quando em abertura de linhas ou equipamentos ou um simples manuseio de vasilhames. Isso pode ser caracterizado como perigo escondido/latente. O primeiro passo para deixar todos cientes imediatamente desses perigos é fazer a identificação correta das tubulações e vasos com cores que informem o produto na tubulação e o diagrama de Hommel nos vasos que vão informar rapidamente o perigo dos produtos por meio das numerações correspondentes ao grau de perigo. Normas devem utilizadas para esse fim, tais como: NBR-6493:2019, NBR-13193:2018 e NFPA-704:2017. Elaboração de procedimento crítico para abertura de linhas e equipamentos que contenham produtos perigosos e treinamento específico também podem ser utilizados para reduzir o risco de liberação de produtos perigosos. Nesse contexto devem estar incluídos, drenagem, limpeza e bloqueios de fonte de energia (LOTO). Continue lendo… Precisando de ajuda entre em contato com a ECS Consultorias.

Explosão com sulfeto de hidrogênio

A EPSC faz o alerta de segurança de processo deste sobre sobre os ricos de explosão com o sulfeto de hidrogênio. Além dele ser bastante tóxico, também é inflamável. Tem o intervalo de inflamabilidade entre 4.0% e 44% em volume, o que significa um largo espectro que permite a ocorrência de uma explosão quando misturado com ar. No acidente relatado, houve uma deficiência na retirada do H2S e por isso aumentou a sua concentração e, em função da temperatura elevada, o limite inferior de inflamabilidade reduziu para 3,3%. Aliado a tudo isso, por causa da vazão do enxofre fundido, houve acúmulo de energia estática e possivelmente o aterramento e equipotencialização não estavam adequados. O resultado foi o rompimento do teto do tanque devido a uma explosão interna. Observe que acidentes maiores são resultados de múltiplas causas, por isso a atenção em segurança de processo deve estar sempre ativada e ficar atento nos desvios ocorridos em relação ao processo a fim de ajudar na gestão do risco da unidade operacional. Continue lendo…. Precisando de ajuda entre em contato com a ECS Consultorias

Pequeno vazamento leva à falha catastrófica

Um pequeno vazamento pode levar à uma falha catastrófica. Este é o alerta de segurança do CCPS para o mês de julho. Às vezes, um pequeno vazamento é apenas um aviso de um dano maior numa tubulação em função da sua perda de espessura por erosão ou corrosão, principalmente se houver um isolamento térmico que pode esconder o estrago que poderia ser aparente. Processos que lidam com produtos perigosos (inflamáveis, tóxicos, reativos e explosivos) e vapor de alta pressão, deve-se ter um cuidado especial para fazer um reparo temporário com a planta em operação. É importante ter uma análise de risco para o serviço a fim de adotar salvaguardas necessárias para reduzir o risco para um nível tolerável. Caso não seja possível, deve-se interromper o processo, drenar e limpar o sistema para a correção apropriada. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Riscos social e individual (AQR)

A análise de risco será completa quando são calculados os riscos social e individual (AQR – análise quantitativa de risco) para ter a certeza que nas condições atuais o empreendimento é seguro para a comunidade ou para uma única pessoa. Quando se fala em comunidade está se falando do risco social, que é representado pela curva FN, e que tem no eixo do X a quantidade de fatalidade e no eixo do Y a frequência do evento que pode levar às fatalidades. Quanto menor a frequência do evento mais seguro é o empreendimento, o que significa que há camadas preventivas de proteção suficientes para que o perigo não seja liberado. Do mesmo modo pode-se dizer que quanto menor for a possibilidade de fatalidade, também mais seguro será o empreendimento; isso requer que menos produto perigoso seja liberado para o ambiente (ou menos energia) a fim de reduzir as consequências/efeitos do evento ou as quantidades e qualidade das camadas mitigadoras de proteção sejam suficientes para reduzir os efeitos. Abaixo está uma representação da curva FN. O risco individual está relacionado a possibilidade de morte de uma pessoa situada nas proximidades do empreendimento. Dessa forma, são traçados contornos de iso-riscos considerando que o indivíduo permanece exposto 24 horas por dia. Importante ressaltar que o risco social é mais importante que o risco individual uma vez que representa um acidente maior. Veja abaixo um exemplo dos contornos do iso-risco individual. Às vezes pode não precisar fazer a AQR porque os riscos foram avaliados baixos em função dos resultados das análises de risco qualitativa, vulnerabilidade e semiquatitativa. Contudo, o empreendimento deve estar em compliance com a norma de gerenciamento de risco do seu Estado. A ECS Consultorias possui recursos para calcular o risco social e individual (AQR) do seu empreendimento, caso seja necessário. Entre em contato.

Implosão de tanque de armazenamento

A EPSC do mês de junho destaca incidente relacionado a implosão de tanque de armazenamento de produto. É comum em indústria após lavagem de tanque, fazer steam out (passar vapor) para remover quantidades ínfimas de material residual e daí permitir fazer os trabalhos de manutenção de forma segura. A implosão do tanque ocorreu porque após o steam out, utilizou-se água fria para proporcionar o resfriamento rápido. Dessa forma os vapores se condensaram rapidamente e o sistema de vent (no caso para entrada de ar) não tinha sido calculado para esse cenário. O resultado foi o colapso total do tanque o que causou um sério prejuízo. Antes de qualquer mudança, quer seja nas instalações ou processo, é preciso seguir os passos do gerenciamento de mudança (que é um elemento do gerenciamento de risco), que certamente obrigará a fazer uma análise de risco a fim de identificar se será inserido algum perigo adicional ao processo e adotar salvaguardas para prevenir ou mitigar o risco caso apareça novo perigo. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

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